Árvores Urbanas:
Problema Definido?
GC 405 Árvores Urbanas:
Problema Definido?
Tenho clara consciência de que problema
não definido é insolúvel. (Já falei antes que problema inventado também é
insolúvel). Vamos ao da árvore urbana. A árvore é componente transitório do
sistema geológico, querendo isto dizer que sua passagem por ele é
necessariamente limitada. Por outro lado, o sistema geológico é parte
integrante da Cidade, visto ser esta a reunião interativa e indissociável do
Edificado com sua Plataforma Geológica.
Igualmente ao que acontece na sua
relação com o sistema geológico, a passagem da Árvore pela Cidade é limitada no
tempo, porque a Cidade veio para ficar; exceto algumas da aventura mineral;
quer ela a Eternidade enquanto a Árvore contenta-se com algumas dezenas ou
centenas de anos.
A árvore pode morrer e permanecer de pé.
Nas cidades mesmo viva resolve cair na ventania com ou sem água ou granizo.
Onde está o problema? Na relação que tem sido proposta entre a Árvore
e a Cidade. Como componente da Cidade, que contém outras inúmeras
categorias de componentes, a lógica essencial do planejamento urbano é que a
Árvore deve à Cidade a disciplina comportamental, por conviver com casas,
postes, fiação, veículos ... e pessoas. Onde se esconde o problema essencial?
Na seguinte inversão de valores pois não é que a sociedade resolveu, sem
qualquer reflexão, considerar que a Cidade deve viver para a Árvore e não
exatamente o oposto?
Eis o problema. Definido o problema, a
solução a ser aplicada indiscutivelmente pela gestão é escolher a espécie certa
e definir a hora certa de removê-la. Feito isto, a Árvore só poderá envolver-se
em problemas quando atingida acidentalmente.
Espero que a chamada megalópole aprenda
a lição recentíssima (noite de 16 de maio de 2016) para arrastar suas irmãs
mais modestas à generalização de uma prática minimamente civilizada como
acontece com todas as cidades dos países desenvolvidos. Não foi por outra razão
que eu e parceiros de um livro a sair identificamos o problema da Árvore na forma
exposta.
Belo Horizonte, 17 de
Maio de 2016.
Edézio Teixeira de
Carvalho
Engenheiro Geólogo
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